Cientistas da Rússia e dos EUA observaram as bolhas de metano, um gás-estufa poderoso, e seu vazamento em águas siberianas pode significar que um dos efeitos mais temidos do aquecimento global está em pleno curso.
O grupo liderado pelos russos Natalia Shakhova e Igor Semiletov, da Universidade do Alasca em Fairbanks e da Academia Russa de Ciências, afirma que metade das águas do mar do leste da Sibéria está supersaturada de metano em sua superfície.
Em alguns pontos, a concentração do gás é cem vezes maior que a esperada. Em outros, até mil vezes.
No verão, quando o mar descongela, o gás escapa para a atmosfera em bolhas, tão numerosas que podem ser detectadas por microfones na água.
O fenômeno foi mapeado por Shakhova e colegas entre 2003 e 2008, durante várias expedições ao mar do leste siberiano, uma região de 2 milhões de km2.
"A quantidade de metano saindo da Plataforma Ártica Leste-Siberiana é comparável ao total que sai de todos os oceanos da Terra", afirmou a cientista em um comunicado.”
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